domingo, 9 de maio de 2010

Mãe: vocação para o Amor!

“Como os pássaros, que cuidam de seus filhos ao fazer um ninho no alto das árvores e nas montanhas, longe dos predadores, das ameaças e dos perigos e mais perto de Deus, devemos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado, promover o respeito a seus direitos e protegê-los” (Parágrafo final da última palestra da Dra. Zilda Arns Neumann – Haiti, 2010).

Com estas sábias e marcantes palavras dessa grandiosa mãe, a saudosa Dra. Zilda Arns, inicio esta mensagem convidando todos para uma reflexão do importante papel da mãe, no coração de nossos lares.
Um lar saudável tem sempre o cheiro, a graça e o dinamismo marcantes daquela que, ao mesmo tempo pensa e faz tudo pela família: a mãe. Ela é capaz de ouvir e cuidar dos filhos ao mesmo tempo em que se ocupa da arrumação da casa, das roupas e do preparo de um prato especial que também agradará ao marido.
A mãe de ontem, dedicada muitas vezes exclusivamente ao cuidado do lar, é um grande desafio e espelho para a mãe de hoje, que precisa dedicar-se ao trabalho externo para compor a renda familiar, muitas vezes sem prejudicar o cuidado com seu lar, mas resultando na sua fadiga, interpretada por ela própria como compensadora.
Certamente, o que move cada mãe em sua vocação é o amor. Ela própria, ainda que tenha sofrido a ausência parcial ou total do amor materno ou paterno, foi criada e modelada pelo amor intencional de Deus - “Acaso uma mulher esquece o seu neném, ou o amor ao filho de suas entranhas? Mesmo que alguma se esqueça, eu de ti jamais me esquecerei” (Isaías 49, 15) - pois nos criou por amor! Essa vocação é inerente à missão de cada mãe, e de cada cristão. Ainda nas famílias mais desassistidas ou naquelas mulheres mais sofridas podemos contemplar a beleza do amor no seu cuidado e proteção ao filho. A vida humana é uma grande graça de Deus e essa co-participação com o maravilhoso dom da criação transforma a mulher em mãe.
Nossa sociedade está sendo ameaçada pela ausência de amor ou pelo excesso dele. A mãe, geralmente, é aquela que sabe bem dosar o amor. Sem nunca deixar de amar o filho, é capaz de repreender, com amor, quando necessário, ainda que sofra profundamente em seu coração, para bem educá-lo. Seu amor a transforma numa profetiza, que consegue ver ao longe, prever um futuro triunfante, pois aquilo que hoje semeia, ceifará com alegria no amanhã.
Exemplos de boas e santas mães não nos faltam na Igreja, de ontem e de hoje. A começar por Maria Santíssima, Mãe de Jesus, e por todas que no fiel cumprimento de seguir seu Filho, foram mártires, heroínas, doutoras da Igreja, e compõem hoje o altar de nossas Igrejas. Quantas mães mártires, guerreiras e heroínas temos também na atualidade!
Mães que conseguem, com entusiasmo, cumprir até três jornadas de trabalho, fora e dentro de casa, e servem nossas Igrejas com alegria, são catequistas, zeladoras, missionárias, líderes, capacitadoras, grandes intercessoras e, sobretudo protetoras de nossas famílias e de nossa Igreja, pois protegendo suas famílias, protegem a nossa Igreja, e protegendo a nossa Igreja, protegem suas famílias.
Agradeço a todas as mães que se dedicam arduamente na sua vocação de amar, espalhando alegria e esperança em nossa Igreja e sociedade.
Faço votos de que aproveitemos todos os exemplos bons que nossas mães nos trazem e que rezemos especialmente
por elas, também neste dia especial, para que continuem fiéis à sua missão de amar sempre!

Em Cristo, Mestre e Pastor,

Dom Luiz Antônio Guedes
Bispo Diocesano de Campo Limpo

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