segunda-feira, 18 de abril de 2011

ENCONTROS VOCACIONAIS

A proposta da Pastoral Vocacional da Diocese de Campo limpo, para esse ano de 2011 é fazer 11 encontros vocacionais, seguindo um esquema proposto pelo Frei Carlos Mesters.


Em Fevereiro já refletimos sobre A RAIZ DA NOSSA VOCAÇÃO. Em Março já refletimos sobre AS RESISTENCIAS À VOCAÇÃO.
E agora em abril, no próximo domingo dia 24, às 15 horas, refletiremos sobre JUVENTUDE E VOCAÇÃO.

Você jovem, que deseja descobrir qual o projeto de Deus para a sua vida, venha participar conosco. O encontro acontece na Rua Conrado de Deo, 120 . Este local fica em frente a Catedral Sagrada Família .
O encontro está sendo preparado como muito carinho. Aguardamos você .

terça-feira, 12 de abril de 2011

A IDENTIDADE MISSIONÁRIA DO PRESBÍTERO NA IGREJA, COMO DIMENSÃO INTRÍNSECA DO EXERCÍCIO DOS TRIA MUNERA

 
A IDENTIDADE MISSIONÁRIA DO PRESBÍTERO NA IGREJA, COMO DIMENSÃO INTRÍNSECA  DO  EXERCÍCIO DOS TRIA MUNERA
                                
Carta circular
         Apresentamos a seguir um resumo  desta Carta.

Entre os dias 16 e 18 de março de 2009 foi convocada uma plenária da Congregação para o Clero com intuito de refletir sobre o tema: A identidade missionária do presbítero na Igreja como dimensão intrínseca do exercício dos tria munera”. Mesmo sendo uma simples coincidência de datas, não é sem significado que Bento XVI escolheu dar a notícia de um Ano Sacerdotal – celebrado em toda a Igreja de 19 de Junho de 2009 a 19 de Junho de 2010 – no contexto do discurso inaugural desta assembleia.
Bento XVI recorda que não apenas a Igreja, mas também – e exatamente porque intrinsecamente ligado a ela – o ministério sacerdotal é missionário.  O argumento, como é fácil reconhecer, toca pontos nevrálgicos da eclesiologia. A missionariedade pertence à natureza própria da Igreja, como aparece já no decreto conciliar Ad Gentes, onde se lê que “a Igreja durante a sua peregrinação sobre a terra é por sua natureza missionária” (AG. § 2). A missão, portanto, não pertence tanto às ações da Igreja, mas à sua intima constituição, ou seja, não pertence àquilo que a Igreja faz, mas àquilo que a Igreja é. Em outras palavras, ela “é chamada, por sua natureza, a sair de si mesma dirigindo-se ao mundo”.
A missionaridade e a universalidade são elementos constitutivos da vida e ministério de Jesus e, por conseguinte, de todo cristão segundo sua vocação pessoal que, em virtude do batismo e da confirmação, possui o dever de confessar publicamente a fé.
Para o ministro ordenado, a missionaridade não é uma confissão pública mais intensa. Ele é um ser-para-a-Igreja configurado sacramentalmente ao Cristo Pastor, Sacerdote e Cabeça. O ministério sagrado exige uma adesão à apostólica vivendi forma, uma ‘vida nova’, um novo ‘estilo de vida’ completamente comprometido com a missão da Igreja – prolongamento no mundo e na história da missão de Cristo. Portanto, mesmo inserido numa Igreja Particular, a missão do sacerdote, ela é universal.
Este ‘estilo de vida’ provoca uma tensão para a perfeição moral e espiritual da qual depende, em grande parte, a eficácia do ministério ordenado. Deus é a única riqueza que os homens desejam encontrar em um sacerdote. Portanto, segundo o Papa, “parece urgente a recuperação da consciência que impele os sacerdotes a estar presentes e ser identificáveis e reconhecíveis quer pelo juízo da fé, quer pelas virtudes pessoais, quer também pelo hábito eclesiástico, nos âmbitos da cultura e da caridade, desde sempre no coração e da missão da Igreja”.
A missão do presbítero se identifica e se realiza na Igreja. Ela é ‘eclesial’, ‘comunial’, ‘hierárquica’ e ‘doutrinal’.  A missão é ‘eclesial’ “porque ninguém se anuncia nem se leva a si mesmo,  mas, dentro e através da própria humanidade, cada sacerdote deve estar bem consciente de levar Outro, o próprio Deus ao mundo”. É ‘comunial’, nem tanto pelas instâncias visíveis de comunhão, mas porque deriva “da intimidade divina em que o sacerdote é chamado a ser perito”.  “as dimensões hierárquica e doutrinal sugerem que se confirmem a importância da disciplina (este termo liga-se a discípulos) eclesiástica e da formação doutrinal”, em continuidade com a Tradição ininterrupta da Igreja.
No que concerne à especificidade e potestade do ministério sacerdotal, é o próprio Cristo quem constitui seus ministros. Não são simplesmente delegados pela comunidade. Logo, sua missão é a mesma confiada aos Apóstolos – configuração sacramental ao Cristo Pastor, Sacerdote e Cabeça – daí deriva o exercício dos tria munera: múnus docendi, múnus sanctificandi e múnus regendi.
O documento fruto da plenária ressalta que a urgência missionária hodierna exige uma renovada práxis dos presbíteros, dirigida não somente à missão ad gentes, mas à porção do rebanho supostamente evangelizado que pouco  conhece de Jesus Cristo. Insiste de forma contundente que o futuro da Igreja depende dessa ação. É principalmente nas paróquias que os presbíteros, enquanto colaboradores dos bispos, têm responsabilidade “pastoral direta com o acontecimento transformador e redentor que se realiza no cotidiano da sociedade”. 
A singularidade crítica do contexto histórico exige da Igreja, sem desvalorizar o trabalho de congregações missionárias e o frutuoso trabalho de sacerdotes fidei Donum – padres diocesanos que vivem seu ministério nas chamadas terras de missão – uma grande concentração de esforços no que a Encíclica Redemptoris missio chama de missão ad intra. “As Igrejas de antiga tradição cristã (...) não podem ser missionárias dos não cristãos de outros países e continentes, se não se preocuparem seriamente com os não cristãos da própria casa: a atividade missionária ‘ad intra’ é sinal de autenticidade e de estímulo para realizar a outra ad extra, e vice-versa” (RM § 34).
A última parte do documento dá indicações concretas do exercício dos tria munera no tocante à identidade missionária do presbítero.
Múnus docendi: todo exercício do múnus docendi, o dever e a potestade do sacerdote, por excelência o bispo e em sua colaboração o presbítero, de pastorear e ensinar em comunhão e em nome da Igreja, deve tender a Eucaristia.
Neste sentido, o querigma tem importância central. Os presbíteros que exercem seu ministério nas paróquias não devem apenas acolher e evangelizar os que o procuram. É imperativo que busquem, como dito anteriormente, os batizados não praticantes e aqueles que pouco ou nada conhecem de Jesus Cristo. Não devem “deixá-los indefesos (ou seja, privados de capacidade crítica) diante da doutrinação que muitas vezes lhes vem de espaços como a escola, a televisão, a imprensa, a internet e, às vezes, até das cátedras universitárias e do mundo do espetáculo” que às vezes os afastam sistematicamente da verdade ensinada por Nosso Senhor.
Múnus Sanctificandi: Sabe-se que a Eucaristia é o ponto de chegada da missão. “O múnus sanctificandi está ligado à capacidade de transmitir um sentido vivo do sobrenatural e do sagrado, que fascine e conduza a uma real experiência de Deus”. A proclamação da Palavra nas assembleias litúrgicas e “a própria celebração dos sacramentos, bela, condiga e devota, respeitando todas as normas litúrgicas, transformam-se numa evangelização muito especial para os fieis presentes”. É feita uma exortação aos sacerdotes a serem solícitos no sacramento da reconciliação, confessando-se com regularidade e sendo ministros generosos para quem o pedir.
Múnus regendi: “É preciso buscar a execução de uma boa metodologia missionária”. Neste âmbito, os pastores devem pensar a preparação e a organização pastoral nas comunidades eclesiais e paróquias, servindo-se da experiência bimilenar da Igreja e dos novos recursos à disposição. Uma vez que a missão é permanente na Igreja, todos, especialmente os imbuídos de ofício pastoral, devem procurar os meios necessários para dinamizar e otimizar a práxis missionário-pastoral.
Finalmente, o documento destaca “que todos os presbíteros devem receber uma formação missionária específica e cuidadosa. Esta formação deve ter início já no seminário, sobretudo mediante a direção espiritual e um estudo cuidadoso e aprofundado do sacramento da Ordem”, entretanto, “aos presbíteros já ordenados muito beneficiará, e pode-se até tornar necessária, a formação missionária, integrada no programa de formação permanente”. Dada a urgência, pede que cada Bispo e Superior tome as medidas necessárias para dar início a uma renovada e estimulada espiritualidade em seus presbíteros.  

Colaborou nesta edição o Seminarista do Ano Pastoral: Gian Paulo Ruzzi, a quem agradecemos de coração por ter se empenhado em resumir esta carta.

Assembleia da Pastoral Vocacional do Regional Sul 1 da CNBB.

Nos dias 25,26 e 27 de Março aconteceu em Aparecida a Assembleia da Pastoral Vocacional do Regional Sul 1 da CNBB.

O SAV (Serviço de Animação Vocacional ) do Regional Sul I da CNBB, realizou no último final de semana, 25, 26 e 27 de março no Seminário Redentorista Santo Afonso em  Aparecida-SP, a  XXXIII Assembléia do SAV/PV do Regional Sul 1 – CNBB , cujo objetivo foi o estudo do Documento Conclusivo do 3º Congresso Vocacional do Brasil, realizado de 03 a 07 de setembro de 2010. A nossa Diocese de Campo Limpo foi representada pelo . Pe. Lidionor Reitor de Seminário Nossa Senhora Aparecida no Taboão da Serra,  pela irmã Terezinha das Irmãs do Cenáculo. E pela psicóloga Isaura Maria.

Padre Gilson Luis Maia, rcj, mostrou-nos a  importância do marco operacional: Ver, Julgar e agir, sendo que é no “agir” que se consolida a identidade do (a) animador (a) vocacional, além de apontar outras características importantes que devem estar presentes no  perfil do animador vocacional como:  A  Espiritualidade  de intimidade com o Senhor  e mariana. Ver com os olhos do Pai ( Mt 9,36 ), julgar a luz do Evangelho e agir de acordo com a vontade do Espírito Santo;  O Compromisso que tem como objetivo organizar uma Igreja em estado de missão. Dentro da perspectiva da missão, a pastoral vocacional é fruto de uma pastoral de conjunto ( Doc. Aparecida nº 314),  daí a importância do planejamento  e da articulação da Pastoral Vocacional com  as diversas  pastorais existentes na comunidadeA arte do encontro e do diálogo: onde o animador deve promover um itinerário que favoreça o encontro com Deus porque a vocação é expressão da misericórdia do Pai,  é graça.

O religioso enfatiza a importância e a necessidade da SAV-PV oferecer uma atenção especial à “geração Y”. Esta geração tem características próprias, é a geração da tecnologia, do Google, do facebook, do blog, do Orkut, do Messenger. Os jovens gostam da tribo urbana.  Quais são as tribos que se encontra na paróquia? Quais são as características de cada grupo? Somente a partir do conhecimento destas características, é possível formular as estratégias de aproximação e acolhimento, pois, o jovem digital tem sentimentos, tem coração, tem pressa, porém, precisa ser escutado, muitos destes jovens são seminaristas, aspirantes, postulantes. O animador vocacional precisa ter tempo para a escuta, “ser um orelhão”.

Outro ponto  importante de acordo com padre Gilson,  é ressaltar  o valor das diversas vocações, dando uma atenção especial   a vocação matrimonial, a  família, a juventude, a catequese e a liturgia , onde os membros da PV devem se articular nestas áreas auxiliando na  formação  da  identidade vocacional.

A nossa Diocese de Campo Limpo estava bem representada pelos menbros da Pastoral Vocacional, O Pe. Lídio, a Ir. Terezinha e a Isaura.Confira abaixo algumas fotos do Evento: